A vida de uma mulher é uma jornada repleta de complexidades, uma tapeçaria de experiências que vão desde a alegria exuberante até a angústia profunda. Ela é filha, amiga, companheira – às vezes é mãe – e em cada um desses papéis descobre nuances da própria identidade. No entanto, o que essa narrativa traz à tona é uma batalha silenciosa, aquela que frequentemente ocorre nos recônditos da mente e do coração, longe dos olhares alheios. Esta é a história da depressão, uma enfermidade que não faz distinção de gênero, idade ou realizações, uma sombra que pode se infiltrar sorrateiramente em qualquer uma de nós.

“Uma vez que a mente se encontra tomada pela depressão, a doença drena completamente sua energia e qualquer possibilidade de usufruir de simples prazeres da vida”. Nessa escuridão que se estabelece, as palavras da autora, Priscila Brandt, ecoam repetidamente, pois ela vivenciou a profundidade da paralisia que a depressão pode trazer, roubando a vitalidade e a capacidade de desfrutar dos momentos mais simples.